Águia Branca propõe transição de 60 dias para assumir operações da Itapemirim e mantém oferta de R$ 36,24 milhões anuais pelo arrendamento

A disputa pela concessão das linhas que passam às empresas Itapemirim e Kaissara ganhou novos capítulos nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. A Viação Águia Branca, grupo tradicional capixaba da família Chieppe, protocolou uma petição na Justiça reforçando sua proposta milionária para assumir a operação atualmente gerida pela Suzantur, empresa de ônibus do ABC Paulista.
A Águia Branca propõe pagar R$ 36,24 milhões anuais, o equivalente a R$ 3,02 milhões mensais, pelo controle de 125 linhas juros aduais. O contrato seria válido por 12 meses, podendo ser prorrogado até a realização do leilão definitivo que definirá o operador permanente das rotas.
Prazo de Transição Solicitado
Na petição, a empresa defende uma transição imediata dos serviços após a homologação da proposta, fixando o prazo de 60 dias para a transferência total das operações:
“Ato contínuo, requer-se a homologação da proposta apresentada pela Viação Águia Branca (…) Para fins de transição da operação, pede-se que seja estabelecido o prazo de 60 dias”, afirma o documento.
Propostas Concorrentes
Além da oferta da Águia Branca, o Grupo Comporte, controlado pelo Expresso União, apresentou uma proposta com valores diferentes. A empresa se dispós a pagar R$ 1,711 milhão por mês ou 5,01% da receita líquida das passagens, prevalecendo a condição mais vantajosa para a massa falida. O contrato proposto tem as mesmas condições de prazo: 12 meses, prorrogáveis por mais 12.
Defesa da Suzantur
Por sua vez, a Suzantur argumenta que o contrato atual só poderá ser encerrado após a realização do leilão definitivo das linhas. Desde setembro/outubro de 2022, a empresa paga R$ 200 mil mensais ou 1,2% da receita líquida das vendas virtuais de passagens, conforme realizado via site e aplicativo, conforme acordo aprovado pela Justiça.
Contexto da Disputa
A ação ocorre em meio ao processo de recuperação judicial das empresas Itapemirim e Kaissara. A operação das linhas interessadas, que conecta diversas regiões do Brasil, é um ativo estratégico e de grande interesse para empresas do setor de transporte rodoviário.
O embate jurídico promete novos desdobramentos à medida que a Justiça avalie as propostas e defina o futuro dessas operações, essenciais para a mobilidade de milhares de passageiros.

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