Crianças se encantam em jornada cultural na aldeia Piraquê-açu
No mundo das crianças, a curiosidade é uma chama que nunca se apaga. Elas estão sempre ávidas por descobrir novos horizontes, desvendar segredos e explorar diferentes culturas. No Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rubens Duarte de Albuquerque, em Itararé, essa busca pelo conhecimento ganhou vida em um projeto incrível que levou 38 pequenos a uma jornada cultural na Aldeia Piraquê-açu, que fica em Aracruz, sendo marcada como uma emocionante aventura que encantou a todos.
Tudo começou com uma simples pergunta em sala de aula: “Quem são os índios?”. A partir desse ponto, as professoras Ariane Santos Salles e Aldira Santos Polese embarcaram em uma missão fascinante. Elas perceberam a importância de apresentar às crianças a rica herança cultural dos povos indígenas em nosso estado e país.
O projeto, intitulado “Contribuições dos povos indígenas para a cultura capixaba”, foi pensado para explorar as raízes culturais dos povos originários. As atividades incluíram momentos de contação de histórias, vídeos sobre os povos indígenas, a criação de um álbum de figurinhas com palavras de origem indígena em nosso dia a dia e até uma oficina de panelinhas de barro para ressaltar o patrimônio cultural do Espírito Santo com raízes indígenas.
A cereja do bolo foi a visita à Aldeia Piraquê-açu, onde as crianças puderam vivenciar de perto a cultura indígena. Caminhando pela trilha com um indígena, elas ouviram os sons da natureza, viram o Rio Piraquê-açu, e até mesmo tiveram a chance de ouvir o cacique falar na língua guarani. Tudo isso foi acompanhado por uma apresentação musical indígena que encantou a todos.
Entre os momentos marcantes, o pequeno João Miguel destacou a apresentação musical dos indígenas como “muito linda”. Misael Souza ficou fascinado pelo fato de o cacique ter falado na língua guarani com eles. Laura Costa se impressionou com a grandeza e a beleza do Rio Piraquê-açu. Pierre Amaral gostou de caminhar na trilha com o indígena e ouvir os sons da natureza, enquanto Alice Passos se encantou com as decorações feitas pelos indígenas.
Ampliando horizontes e valores
O principal objetivo dessa viagem a aldeia foi ampliar os horizontes e conhecimentos das crianças de forma efetiva, como afirma a professora Aldira Santos Polese. “É o início do exercício da cidadania, a compreensão das origens da cultura e a promoção do respeito às diferenças. Quando conhecemos, valorizamos e respeitamos. Esse é o sentimento que queremos despertar em cada uma de nossas crianças”, destacou a educadora.
E o projeto não só encantou os pequenos, mas também as professoras responsáveis por essa incrível jornada. Para elas, essa foi uma oportunidade única de conectar o que é aprendido em sala de aula com experiências reais e significativas. Conhecer de perto os indígenas e sua aldeia despertou nas crianças o respeito às origens desse povo, um sentimento que todos almejam cultivar.
A diretora do Cmei, Keidma Borges, enxerga essa iniciativa como uma chance de as crianças se reconhecerem na diversidade, de vivenciarem tradições e costumes do povo guarani e, acima de tudo, de encantarem-se com a riqueza cultural que nos cerca. “A cultura indígena tem influência direta em nossa sociedade. Os hábitos, as músicas, as danças, os artesanatos, as culinárias, a língua. São elementos que têm raízes fortes e perpetuam, vivas, na atualidade”, frisou a gestora.
A jornada cultural vivenciada pelas crianças trata-se de um exemplo inspirador de como a educação pode ir além das paredes da sala de aula, levando as crianças em uma jornada mágica de descoberta e respeito pela diversidade cultural que enriquece a sociedade. “Nossas crianças vivenciaram de perto como os indígenas convivem entre si, conhecem e respeitam a natureza, e encantaram-se com as experiências que lhes foram proporcionadas neste dia”, completou a diretora Keidma.
Fonte: PMV
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