Saúde do homem: grupo terapêutico é destaque na UBS de Jardim Camburi

Saúde do homem: grupo terapêutico é destaque na UBS de Jardim Camburi

Segundo dados do Programa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, aproximadamente 69% dos homens buscam atendimento médico enquanto entre as mulheres o número chega a 82%. Se tradicionalmente eles cuidam menos da saúde do corpo, o que dizer da busca por saúde mental, em um público conhecido por não falar de seus sentimentos, angústias ou tristezas? Pensando nisso, a psicóloga Vera Cristina Moraes, criou o Grupo dos Homens na  Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jardim Camburi.

O objetivo dos encontros é estimular a troca de experiências, a socialização, a chance de ser acolhido e de ouvir de outras pessoas, além do profissional, pontos de vistas diferentes ou semelhantes aos que possui. Tudo em um ambiente seguro e mediado por um psicólogo.

“Em minha experiência com grupos terapêuticos mistos, os homens ficam calados, apenas ouvindo as mulheres. Já os grupos para homens dão muito certo porque eles falam bem, compartilham bastante. Além disso, quando a pessoa vê que há outras pessoas passando por problemas semelhantes ou que ela considera até maiores que os dela, a pessoa sente empatia, se solidariza e enxerga seus problemas com outros olhos. A fala deles é de que se sentem muito melhores após os encontros, de que o retorno em bem-estar é muito rápido”, afirma Vera.

Para o aposentado Augusto Costa, 66 anos, frequenta o grupo terapêutico há cerca de três meses e garante que o espaço tem sido fundamental em seu tratamento.

“Achei interessante o número de pessoas que participam, com profissões e idades diferentes, que encontraram um lugar em que podem falar. A gente sabe que é a fala que cura, que é preciso botar pra fora”, define.

Reuniões 

O Grupo Terapêutico para Homens da UBS Jardim Camburi se reúne uma vez por semana e é composto por 10 homens. O grupo é aberto, ou seja, não possui um tempo definido para ser encerrado e os participantes podem sair ou entrar.

Para participar, é preciso ser morador do bairro e ter um encaminhamento para atendimento psicológico vindo de algum profissional de saúde.

Fonte: PMV