Projetos de Deputado prevê reabilitação domiciliar para pacientes de AVC
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada cinco minutos uma pessoa morre vítima de Acidente Vascular Cerebral no Brasil, totalizando uma média de 100 mil pessoas por ano. Tramita na Assembleia Legislativa (Ales) proposta de criação da Política Estadual de Apoio às Vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). É o Projeto de Lei (PL) 91/2023, assinado pelo deputado Dr. Bruno Resende (União).
Principal causa de mortes em adultos no país, o AVC pode deixar sequelas irreversíveis como déficit motor adquirido, distúrbios de fala e/ou linguagem e distúrbios de deglutição.
O objetivo central da matéria é garantir a adoção das medidas necessárias ao atendimento e tratamento das vítimas de AVC, já que a intervenção adequada, com a assistência no tempo certo, torna-se essencial para a recuperação dos pacientes.
A proposta se aplica aos dois tipos de ocorrência do AVC, descritos no texto. O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é “a interrupção do fluxo sanguíneo em determinada área do cérebro, ocasionada pela obstrução de uma artéria”. Já no Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), há “o extravasamento de sangue dentro do crânio, causada pelo rompimento de vasos sanguíneos”, explica o proponente.
Dentre as diretrizes da política destacam-se a promoção de campanhas educativas; a criação de novos Centros de Reabilitação Neurológica; a implantação do atendimento de reabilitação neurológica em domicílio; a promoção da reabilitação e reintegração das vítimas do AVC por grupos de apoio; o desenvolvimento e aprimoramento de pesquisas; e a criação de políticas e campanhas de acesso universal a medicamentos.
“O AVC, em cerca de 85% dos casos, pode causar distúrbios súbitos como fraqueza muscular usualmente em um dos lados do corpo (braços, pernas e face), dormência e perda de sensibilidade em um dos lados do corpo, alterações na fala e na linguagem. Mais raramente, também podem ocorrer alterações no campo visual, equilíbrio, crises convulsivas e até rápida evolução para o estado de coma”, pontua o deputado.
“A recuperação de pacientes pós AVC depende da ação conjunta de médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais. Em decorrência das desordens neurológicas causadas pelo AVC, alterações motoras, intelectuais, emocionais e comportamentais podem ocorrer, retardando a recuperação e, em fases agudas, impossibilitando um tratamento adequado”, complementa o médico.
Tramitação
O PL já foi lido em plenário e passará agora pelas comissões de Justiça, Saúde e Finanças, para elaboração de parecer. Esse procedimento antecede a votação da matéria pelo Plenário.
Fonte: Ales.
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