Projeções Positivas: Espírito Santo Mirando R$ 10 Bilhões em Exportação Agrícola até o Final de 2023.
A estimativa foi apresentada pelo secretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli, durante Encontro Agro Business realizado em Pedra Azul, Domingos Martins
O Espírito Santo deve arrecadar, até o final deste ano, mais de R$ 10 bilhões com a exportação de produtos agrícolas para cerca de 130 países.
A estimativa foi apresentada pelo secretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli, durante evento realizado em Pedra Azul, Domingos Martins, nesta segunda-feira (13). O secretário marcou presença na 5ª edição do Encontro Agro Business, que reuniu empresários, produtores e representantes do setor agrícola capixaba.
“Nós estamos finalizando bem 2023. O Espírito Santo deve chegar, até o final do ano, com cerca de 2 bilhões de dólares, ou seja, quase R$ 10 bilhões de produtos do agronegócio exportados. Isso mede o dinamismo do segmento”, disse o secretário.
O chefe da pasta da Agricultura no Executivo estadual ainda adiantou para a reportagem do Folha Vitória as metas do governo no que se refere ao setor agrícola.
“Nós temos metas ousadas a partir de 2024, ou seja, nós esperamos já ter um crescimento em termos de faturamento da produção superior a 15% ano que vem em relação a 2023, o que representa um dinamismo muito maior do que o crescimento médio da economia do país”, afirmou Bergoli.
Economia agrícola no ES é destaque em debate sobre tendências do setor
Promovida pela Apex e pela Rede Vitória, a 5ª edição Encontro Agro Business também foi marcada pela discussão em torno de práticas sustentáveis visando ao fortalecimento da agricultura enquanto motor econômico local e nacional.
Além de assistir aos painéis apresentados no encontro, o público que compareceu à edição do evento deste ano pode conferir, em primeira mão, detalhes de um levantamento feito pela empresa de pesquisa Futura, em parceria com a Apex.
A pesquisa traz um raio-x a respeito da posição da agricultura do Estado nos cenários mundial e nacional, além de projetar o futuro do setor. O estudo mostrou, por exemplo, que 28% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba é oriundo da economia agrícola.
Ao comentar sobre a importância de mais uma edição do Encontro Agro Business, o vice-presidente da Rede Vitória, Americo Buaiz Neto, destacou o quão essencial é a divulgação de dados como os apresentados na pesquisa da Futura.
Conforme Americo, o estudo traz à tona informações que mostram a relevância da economia agrícola para o Espírito Santo e o Brasil.
“O agro representa aproximadamente 30% do PIB do Espírito Santo. A maior parte dos capixabas não tem dimensão da importância do agro, do quanto o agro não representa só a economia do Estado, mas a economia do Brasil”, disse Americo.
Já o diretor institucional da Apex, Victor Casagrande, entende que os setores produtivos precisam ser debatidos. Segundo ele, o agronegócio tem se consolidado como o principal da setor da economia capixaba.
“Sempre foi responsável (o agronegócio) por boa parte do crescimento do nosso PIB. A gente vê o agronegócio saindo de uma cultura muito mais familiar e indo para uma cultura de profissionalização, com maior produtividade. E hoje, pelos dados que temos analisado, já somos referência de produtividade no agronegócio”, ressaltou o diretor da Apex.
Agronegócio contribui com a geração de emprego
Um recorte apresentado na pesquisa da Futura evidenciou a participação do setor agrícola na geração de emprego e renda no Espírito Santo.
De acordo com os dados apresentados no evento desta segunda-feira, 17,9% dos postos de trabalhos criados no Estado provêm da agricultura. A pesquisa ainda revelou que 80% dos municípios do Estado têm o agronegócio como a principal atividade econômica.
Crescimento e responsabilidade ambiental
Durante a apresentação dos três painéis que fizeram parte da programação do Encontro Agro Business desta segunda-feira, a maior parte dos palestrantes chamou a atenção para a necessidade de pensar o desenvolvimento do agronegócio de maneira sustentável, aliando crescimento econômico com responsabilidade ambiental.
Ao tratar sobre o turismo de experiência, por exemplo, a head de sustentabilidade do Grupo Águia Branca, Adriana Denadai, frisou as ações da empresa, que possui um empreendimento com foco no turismo na região de Pedra Azul, para garantir lucratividade sem desrespeitar as regras ambientais.
“A gente tem essa responsabilidade usar com cuidado os recursos naturais. Pensamos a atividade econômica com preservação da natureza. Para isso, temos parcerias firmadas com ONGs e com Poder público”, afirmou.
Cooperativas e tecnologia como aliadas do agronegócio
Por fim, os produtores agrícolas que integraram o debate promovido pelo Encontro Agro Business asseveraram que as cooperativas e a tecnologia possuem papel fundamental na expansão da agricultura como fonte de negócios e investimentos.
Na ocasião do painel “Semeando sucesso: cases de destaque do agronegócio”, além de contarem suas experiências e os caminhos utilizados para se consolidarem como empresários do agro, os debatedores foram unânimes ao ressaltar que a agricultura no Estado tende a se desenvolver ainda mais com ações integradas que envolvem investimentos em modernização e diálogo direto com os pequenos produtores.
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