Callegari quer anular obrigação do uso de câmeras em uniforme de agentes penitenciários

Callegari quer anular obrigação do uso de câmeras em uniforme de agentes penitenciários
Segundo Callegari, nova norma contribui para aumentar a pressão psicológica no ambiente prisional. Fonte: Assembléia Legislativa.

Entrou em vigor no Espírito Santo, neste mês, a Portaria 2-R/2023 da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), que regulamenta o uso de câmeras acopladas aos uniformes de policiais penais durante ocorrências de intervenção e contenção nos presídios capixabas. Com o objetivo de anular a decisão do Governo, o deputado Callegari (PL) apresentou ao Legislativo capixaba o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 2/2023.

Ao todo, foram disponibilizados 70 equipamentos, que foram distribuídos nas 36 unidades prisionais do estado, além da Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) e Diretoria de Operações Táticas (DOT). Callegari explica que a medida contribui para aumentar a pressão psicológica existente no ambiente prisional, colocando em risco a integridade física dos policiais.

“A existência destas câmeras poderá colocar em risco, ainda maior, a vida dos policiais penais capixabas, que estarão filmando os detentos constantemente, contra a vontade destes, e em situações de intervenção, poderão ser alvos de represálias por parte dos detentos. Colocando em risco ainda, além da vida do próprio policial penal, a vida de seus familiares e entes queridos”, argumenta.

“Já existem dentro das penitenciárias capixabas o sistema e equipamentos de videomonitoramento, sendo uma redundância a utilização de câmeras corporais, em clara cópia ao sistema utilizado no exterior, em especial os Estados Unidos da América. Que por sua vez, possui sistema jurídico e prisional completamente distinto dos nacionais, sendo a utilização de tal procedimento totalmente incompatível com a realidade brasileira”, complementa o parlamentar.

Tramitação

O parlamentar protocolou pedido para que a matéria tramite em regime de urgência na Casa e ela deverá passar pelo crivo das comissões de Justiça, Segurança e Finanças antes de ser analisada em plenário pelos deputados.