Projeto apoiado pela Fapes conquista prêmios e mercado internacional
Um projeto desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com apoio da Fundação Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) conquistou resultados internacionais, por meio de parcerias com países da Europa e da África. Também recebeu premiações da bigtech Google e da Intel, empresas de tecnologia que desenvolvem hardwares e softwares na área da computação.
O Núcleo de Estudos em Redes Definidas por Software (NERDS) é um projeto desenvolvido com recursos obtidos no Edital Fapes/CNPq 05/2017- Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem). O Núcleo recebeu investimento de R$ 154.395,00 para incrementar o projeto que proporcionou um ambiente computacional e melhorou a infraestrutura básica de apoio ao desenvolvimento de aplicativos de redes definidas por software.
O pesquisador e professor da Ufes, Moisés Nunes, destacou que o edital do Pronem foi de suma importância para alavancar e melhorar a situação em que o núcleo se encontrava. “O apoio financeiro chegou em momento crítico pelo qual passava o NERDS, em que tínhamos o potencial de ampliar o volume, o alcance e o impacto das pesquisas, mas faltava infraestrutura”, declarou o pesquisador.
O diretor técnico-científico da Fapes, Celso Saibel, ressaltou o papel da Fapes em investir financeiramente em núcleos emergentes como o NERDS: “O edital Pronem é destinado a grupos que têm pesquisadores nível dois do CNPq, são pesquisadores com reputação cientifica e estão em busca da excelência. A Fapes coloca recursos para que esses pesquisadores continuem produzindo resultados e que a partir desses resultados eles alcancem níveis ainda mais altos, inclusive de internacionalização, como é o caso do projeto NERDS. Quando se alcança resultados de nível internacional você já pode dizer que o núcleo alcançou o grupo de excelência. Então, em resumo, o Pronem objetiva que os grupos emergentes sejam financiados e apoiados para que se tornem grupos de excelência.”
O que é o NERDS
O Núcleo de Estudos em Redes Definidas por Software (NERDS) surgiu a partir de uma demanda de inovação nas redes de computadores das academias nos anos 2000. A redes tinham soluções técnicas pouco abertas à programabilidade, à inovação e à experimentação. As técnicas e protocolos usados para envio de informações baseadas em pacotes, que a internet usa atualmente, permaneciam sob o domínio apenas dos grandes fabricantes.
As inovações acadêmicas não conseguiam provar seu verdadeiro valor pela falta de acesso aos hardwares próprios, alta velocidade, para encaminhamento de pacotes para provas de princípios mais realistas. A partir disso, em 2008, começou um movimento da comunidade acadêmica para ampliação das capacidades de acesso à programabilidade, uma arquitetura chamada Software-Defined Netwoking (SDN).
Neste cenário, em 2012 começam as pesquisas em SDN na UFES. Com um esforço conjunto dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) e o Programa de informática (PPGI), foi criado o laboratório chamado NERDS, no campus de Goiabeiras.
Premiação
Uma das grandes conquistas do NERDS é a titularização internacional em excelência de redes de software. O impacto positivo do Núcleo resultou em diversas publicações científicas nacionais e internacionais, ganhando premiação pelas empresas Google e Intel.
A premiação do Google foi na modalidade Research Scholar Program, em 2021, na categoria Networking, para a continuação das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas do NERDS no Doutorado. Os outros contemplados nesta categoria têm vínculos com a New York University, University of Oxford e Cornell University.
Os integrantes do NERDS também foram premiados no programa Intel Connectivity Research Program Grants (Fast Forward Initiative) para a obtenção de hardware de rede de última geração, construído com elementos programáveis Tofino Barefoot.
“A Intel nos informou que receberam mais de 40 propostas e que ficaram muito impressionados com o nosso projeto e, por isso, até nos forneceu duas unidades. O recurso do Pronem nos permitiu trazer os dispositivos para o Brasil e a acomodação deles em nosso datacenter”, explicou o professor Moisés Nunes.
Os Switches da Intel estão agora compondo um laboratório mundial que coloca a Ufes e o Espírito Santo no contexto único no Brasil, como pode ser visto no Persistent Multi-Resource Infrastructure. (veja aqui)
Fonte:GovernodoES
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