Nova pesquisa AtlasIntel à Prefeitura de Vitória traz novas irregularidades e inclui bairros da Serra no questionário
Mais uma vez, a pesquisa da AtlasIntel relacionada a corrida eleitoral à Prefeitura de Vitória que deve ser divulgada nas próximas horas deste domingo (29) enfrenta questionamentos que colocam em dúvida sua integridade e precisão. Dentre os vários problemas verificados, destaca-se a inclusão de bairros que não pertencem a capital, Vitória, no questionário que os participantes devem responder.
A pesquisa utiliza a tecnologia conhecida como Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs). Esse tipo de pesquisa gera controvérsia pelo risco de possível “viés de seleção” dos entrevistados. Além disso, os participantes podem votar mais de uma vez, podendo influenciar na percepção dos resultados.
A primeira pesquisa foi suspensa pelo juiz eleitoral Marcelo Pimentel, da 1ª Zona Eleitoral de Vitória, por conter diversas irregularidades. A decisão do magistrado atendeu ao pedido apresentado pela coligação “Vitória da União”, que tem como candidato o atual prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e é integrada por Republicanos, PSD, Progressistas, PRD, Novo e DC.
Dentre os novos problemas verificados na atual pesquisa AtlasIntel sobre as intenções de votos à prefeitura da capital do Espírito Santo, destaca-se a inclusão de bairros que não pertencem à Vitória, como Carapina, Hélio Ferraz e Bairro de Fátima, conhecidos bairros da Serra, no questionário a ser respondido pelos participantes. Esse tipo de erro compromete a veracidade dos dados, pois introduz elementos externos que não refletem a realidade dos eleitores da cidade. A pesquisa deveria ter como foco exclusivo os bairros da capital, mas, ao incluir localidades que pertencem a outros municípios, gera confusão e pode influenciar de forma indevida a percepção dos resultados.
A impugnação da primeira pesquisa pela justiça eleitoral já foi um alerta sobre a falta de rigor metodológico nas coletas de dados da AtlasIntel. Na ocasião, além de inconsistências nos dados, foi identificado que a amostra utilizada não era representativa da diversidade demográfica de Vitória, prejudicando a confiabilidade dos resultados. A coligação alegou que a pesquisa infringia diversos requisitos da Resolução TSE 23.600/2019, contendo falhas graves, tais como evidências características de enquete eleitoral ou sondagem, constatação de efeito ancoragem, fragilidade no percentual do sistema de controle interno e aglutinação de entrevistados no nível de escolaridade.
A repetição de falhas na condução das pesquisas eleitorais levanta dúvidas sobre a capacidade da AtlasIntel em realizar levantamentos confiáveis e imparciais, uma vez que pesquisas eleitorais devem ser conduzidas com seriedade e respeito à população, evitando qualquer tipo de erro que possa distorcer a realidade política e eleitoral da cidade.
É possivel verificar os erros no formulário clicando no link das pesquisa e visualizando as imagens abaixo:
https://pesquisa.atlasintel.org/m89/vitoria
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