Antes de atacar o STF, o homem-bomba se despediu de seus vizinhos

Antes de atacar o STF, o homem-bomba se despediu de seus vizinhos

Na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz, tentou invadir as instalações do Supremo Tribunal Federal (STF) e, quando abordado por um agente de segurança, arremessou artefatos explosivos contra o prédio.
A vizinhança, porém, descreveu Francisco como um homem reservado e tranquilo. Morando há pouco tempo na Ceilândia Norte (DF), cerca de três meses, exercia o ofício de chaveiro.

Francisco tinha 59 anos, residia então, perto de uma distribuidora de bebidas.A atendente, Sabrina Raposo, de 23 anos, relatou que Francisco frequentava a distribuidora diariamente, sempre com o mesmo pedido: uma lata de cerveja Spaten e um maço de cigarro Wiston Azul.

Sabrina relata ter estranhado algumas vezes o comportamento de Francisco. Mas que a impressão geral era de que o homem era “uma boa pessoa”. Ela afirma que, na semana retrasada, o chaveiro disse ao seu irmão –por quem desenvolveu grande feição– que iria “viajar” e “não voltaria mais”. “Na semana retrasada, ele falou com meu irmão que ia viajar e que, para meu irmão lembrar dele, era só ele olhar para as estrelinhas. Nisso, eu fiquei pensativa, e achei que ele ia fazer alguma coisa contra a vida dele. Ele vinha aqui e ficava praticamente distribuindo dinheiro.
Francisco Wanderley Luiz, após abordado, se deitou no chão com um explosivo perto da cabeça e morreu após a detonação. Um carro, que pertencia a ele, também explodiu no estacionamento da Câmara.