Chuvas Desafiam, Obras Resistem: Vitória Investe em Drenagem e Estabilidade de Encostas
A temporada de chuva já iniciou. Historicamente, os meses de novembro, dezembro e janeiro registram as maiores médias históricas de chuvas em Vitória. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que contabiliza as médias dos últimos trinta anos.
Ciente das consequências que a temporada de chuvas acarreta para os moradores, principalmente os residentes em áreas de risco geológico ou em vulnerabilidade social, a Prefeitura de Vitória investe em caráter permanente em obras e manutenção das redes de drenagem, em obras de contenção de encostas e na retirada de pessoas em áreas de risco, com a oferta de imóveis em áreas geologicamente seguras.
Para isso, a atual gestão criou o Programa Casa Feliz e Segura, que coordena essas intervenções. A secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Habitação gerencia o programa, que é executado pela secretaria de Obras.
Contenção de Encostas
O trabalho é diário e ao longo de todo os meses do ano. As soluções para áreas de risco em Vitória foram retomadas ainda no primeiro mês da gestão. Obras de contenção de encostas foram iniciadas e 39 concluídas, com investimento de R$ 19,3 milhões. Outras 38 contenções estão em andamento no edital de credenciamento de R$ 60 milhões.
O município de Vitória, elaborou pela primeira vez, em 2008, o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), que foi atualizado em 2016. Este plano mapeou todo o município em áreas com quatro níveis de risco geológico: R1 (Baixo), R2 (Médio), R3 (Alto) e R4 (Muito Alto).
Desde então estas áreas são monitoradas pela equipe do Projeto Mapenco e pela equipe da Defesa Civil. Sendo que somente as áreas com riscos Alto e Muito Alto necessitam de obras de contenção.
Seguindo essa diretriz a secretaria de Obras lançou um edital de credenciamento para executar até 139 obras de contenção de encostas em 57 bairros com investimento de R$ 60.453.674,05. Com isso, a PMV espera zerar o déficit de intervenções necessárias para minimizar o risco geológico em Vitória catalogados até o momento.
“Todos estes investimentos já citados em contenção de encostas e os que vamos mostra a seguir em drenagem urbana e programa habitacional têm um único objetivo: preservar vidas. Não há preço para a vida humana. Os investimentos que fizemos já nos deram resultados. Nas recentes chuvas fortes não registramos nenhum desabrigado. Nenhum morador de Vitória foi vítima de desmoronamentos ou alagamentos. Vamos continuar investindo”, pontuou o prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini.
Drenagem Urbana
Na área de drenagem três obras pontuais foram concluídas nos bairros Fradinhos, Moscoso e Santo Antônio e está em andamento o maior investimento em macrodrenagem da história da capital em um único contrato: a obra de macrodrenagem da Grande Santo Antônio, que integra o Programa Águas de Vitória, composto pelas seguintes obras:
· Macrodrenagem da Grande Santo Antônio – R$ 139,6 milhões
· Macrodrenagem da Ilha de Santa Maria, Monte Belo, Jucutuquara e Fradinhos – R$ 125 milhões
· Requalificação das Estações de Bombeamento de Águas Pluviais – R$ 93.872.061,58
Em Santo Antônio o investimento é de R$ 139,6 milhões, com recursos próprios. Serão implantados quatro quilômetros de galerias, duas estações de bombeamento e dois reservatórios de contenção de águas das chuvas, no sistema de macrodrenagem da Grande Santo Antônio.
As obras atingem 18 bacias de drenagem que atendem os bairros: Mário Cypreste, Santo Antônio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória e Universitário, beneficiando 22 mil moradores.
Em breve, será lançada a obra de macrodrenagem da Ilha de Santa Maria, Monte Belo, Jucutuquara e Fradinhos, com investimentos orçados em R$ 125 milhões.
As obras de Requalificação e Operação Assistida das Estações de Bombeamento e Reservatório de Amortecimento de Águas Pluviais serão realizadas em 36 meses por R$ 93.872.061,58.
São quatro estações de bombeamento de águas das chuvas e um reservatório de contenção, que atuam controlando o nível das águas pluviais nas galerias de macrodrenagem da cidade, evitando ainda que a maré alta entre nas galerias, provocando alagamentos.
As estações de bombeamento foram construídas há mais dez anos e apesar das manutenções os equipamentos estão obsoletos, no limite operacional.
Faz parte da requalificação também a construção, instalação e comissionamento de um Centro de Comando de Operações que vai operar todas as estações de bombeamento como um único sistema.
Habitação
Além das obras de contenção de encostas e de drenagem, a Prefeitura de Vitória atende a população que reside em área de risco com programas habitacionais. De janeiro de 2021 até hoje, foram entregues 150 casas próprias com destaque para a construção de dois residenciais: o residencial Consolação para abrigar famílias que viviam em área de alagamento constante no campinho, no bairro São Pedro.
São oito andares, com 48 apartamentos de dois e três quartos, em plantas de 51 m², 56 m² e 74 m². Terá elevadores e apartamentos acessíveis e adaptados. O investimento foi de R$ 7,8 milhões e o residencial Santa Cecília com 35 apartamentos de 2 e 3 quartos, com investimento de R$ 5,4 milhões.
E os investimentos em habitação para atender os moradores em vulnerabilidade social não param. Estão em andamento as contratações de 125 reconstruções e 1.200 melhorias em imóveis, com investimento de R$ 64 milhões.
Defesa Civil
Com o objetivo de diminuir os transtornos e garantir a segurança da população, a Defesa Civil Municipal realiza o monitoramento e mantém um esquema de plantão e vistoria das áreas de risco de Vitória. Uma equipe do órgão trabalha 24 horas de prontidão para atender a qualquer demanda da população. O munícipe pode acionar o plantão do órgão pelo telefone (27) 98125-0986.
A Defesa Civil mantém a população informada e tecnicamente preparada para identificar risco em potencial. Anualmente é realizado o treinamento de lideranças comunitárias e colaboradores no seminário “Como Identificar Áreas com Risco nas Comunidades e Auxiliar a Defesa Civil a minimizar as Consequências dos Desastres”.
Monitoramento
A cidade é monitorada, em caráter permanente, pelo projeto Mapenco (Mapeamento das Áreas de Risco das Encostas do Município de Vitória). Esse serviço tem como principais objetivos a caracterização, a localização, o dimensionamento, a classificação e a disponibilização de dados de risco de caráter geológico-geotécnico. Um dos instrumentos de monitoramento são as estações pluviométricas que monitoram as chuvas nas encostas.
Central de Serviços
Pensando na segurança dos munícipes também nos dias de precipitação, a Central de Serviços trabalha diariamente para minimizar os dados com atendimento noturno e serviços de correção.
As equipes estão empenhadas em realizar um trabalho de prevenção, desta forma, os servidores fazem a limpeza de rede, já em caso de urgências é realizado o serviço corretivo com a limpeza da rede de drenagem. Para realizar a drenagem, a Central de Serviços dispõe ainda de caminhões de alta pressão de domingo a domingo.
Para atender melhor os moradores de Vitória são formadas equipes de plantão que realizam atendimento todos os dias da semana. O recebimento acontece inclusive no horário noturno caso seja uma necessidade do munícipe.
A Central de Serviços destaca ainda que para atender de forma mais ágil o munícipe pode fazer o acionamento pelo canal 156.
Quatro estações de bombeamento operam 24 horas por dia na capital retirando das galerias as águas das chuvas
– Estação de bombeamento Doutor Antônio Ferreira da Silva Pinto – Está localizada na rua Cândido Portinari, no bairro Santa Luiza. Com capacidade de bombear 33.000 litros por segundo, atende 17 bairros da Grande Maruípe e a galeria da avenida Leitão da Silva. Conta com sete bombas de 4.800 mil litros por segundo. Sua operação é controlada por um conjunto de sensores e um software que supervisiona a rede e liga ou desliga as bombas de acordo com a programação. A vazão é próxima à vazão do rio Santa Maria. Com operação automatizada 24 horas por dia, é considerada a maior estação de bombeamento de águas pluviais do Brasil. Entrou em operação em novembro de 2010.
– Estação de Bombeamento Praia do Canto – Atende a bacia de drenagem do mesmo nome, tendo como limites as avenidas Nossa Senhora da Penha, Saturnino de Brito e Américo Buaiz. É uma das mais antigas estações de bombeamento da cidade. Operação supervisionada 24 horas por um operador. São três bombas com capacidade para 250 litros por segundo cada.
– Estações de Bombeamento de Bento Ferreira e Santa Lúcia – Retira 12.200 litros por segundo de água das chuvas. São cinco bombas de 1.000 litros por segundo e quatro bombas de 1.800 litros por segundo, com operação manual 24 horas. Atende os bairros Bento Ferreira, Ilha de Santa Maria, Ilha de Monte Belo, Praia do Suá, Santa Lúcia, Consolação, Nazareth e Bairro de Lourdes.
Especialista em moderação e revisão de conteúdo para jornais do consórcio de notícias, garante a qualidade editorial e a precisão das publicações, mantendo padrões rigorosos de precisão e excelência informativa.