Palestra Educativa Aborda Abuso e Exploração Sexual para Estudantes
Estudantes do 8º e do 9º ano de Escolas de Ensino Fundamental (Emefs) de Vitória tiveram uma conversa séria, na sexta-feira (18), com a secretária de Educação da capital, Juliana Rohsner. O assunto foi o combate ao abuso e à exploração sexual infantil.
Na ocasião, a secretária lembrou que o início das palestras para falar sobre essa temática foi no dia 18 de maio deste ano, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970/00.
Desde então, escolas que não participaram daquela palestra entraram em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Seme) pedindo para também serem atendidas. Foi assim que a palestra passou a ser realizada sempre no dia 18 ou numa data próxima. “Hoje, por exemplo, é um dia 18”, destacou Juliana.
A secretária disse aos estudantes que aquele encontro era muito importante para eles conversarem sobre os tipos de violências e, principalmente, sobre como buscar ajuda.
“Nós estamos discutindo um crime bárbaro. Nós estamos discutindo sobre pessoas que passam a mão em crianças sem autorização. Que, por vezes, tem relação sexual, por vezes tocam de forma desconfortável, olham de forma desconfortável. E tudo o que não é aceito pela gente, a gente precisa saber dizer não e procurar ajuda”, orientou a secretária.
A estudante Isabella Perovano, do 8º ano da Emef Marechal Mascarenhas de Moraes, disse que gostou da palestra.
“Eu achei um aprendizado para algumas pessoas que já sofreram ou sofrem com isso, pois elas podem perceber que tem pessoas com quem elas podem contar nesse momento. Até porque eu conheço pessoas que já passaram por isso, então é importante como aprendizado, para saber o que fazer. A palestra me fez pensar mais em não confiar em gente de internet, ter mais cuidado com familiares, ver como as pessoas tocam a gente, e que a gente tem que comunicar a algum responsável sobre essas coisas quando elas acontecem. E foi importante para mim também, porque eles falaram das vítimas entre 10 e 14 anos. Eu estou nessa faixa etária, então é bom saber sobre isso”, comentou a estudante.
Estiveram presentes estudantes da Emef Ceciliano Abel de Almeida, do bairro Itararé; da Emef Marechal Mascarenhas de Moraes, de Maria Ortiz; e da Emef Experimental de Vitóra-Ufes, de Goiabeiras. O evento aconteceu pela manhã, no auditório Zemar Moreira Lima.
Casa Rosa
Além de ouvirem a secretária, os estudantes também participaram de uma palestra sobre o Centro Especializado de Atenção à Saúde da Mulher e Famílias em Situação de Violência, conhecido como Casa Rosa. Quem ministrou a palestra foi a diretora da Casa Rosa, Clícia Dora, que explicou como funciona esse serviço, o horário de funcionamento, o público-alvo e quais profissionais estão disponíveis para atender à população.
O serviço existe desde outubro de 2021 e atende aproximadamente 290 pessoas por mês. Do total de atendimentos realizados pelo equipamento de saúde, 46% têm entre 0 e 12 anos de idade.
Vale ressaltar que na rede de ensino os educandos contam com a atuação da Comissão de Educação e Direitos Humanos e da Comissão de Práticas Restaurativas, da Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme), que trabalham no enfrentamento às situações de violências contra crianças e adolescentes junto às unidades de ensino, desenvolvendo atividades junto às crianças e estudantes sobre o tema.
Como denunciar?
Conselho Tutelar: (27) 99941-8202
Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) ou delegacias comuns
Polícia Federal: 0800-9782-336
Polícia Rodoviária Federal: 191
Disque Direitos Humanos: 100
Em caso de flagrante: 190
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